Maior Longevidade
Grandes estudos epidemiológicos demonstram que a obesidade está associada a uma maior chance de morrer precocemente. Pacientes com obesidade submetidos a cirurgia bariátrica tiveram uma redução de 24 – 89% nas taxas de mortalidade quando comparados a pacientes com obesidade que não foram submetidos a cirurgia.
Melhor Qualidade de Vida
A obesidade pode ter impactos importantes na qualidade de vida, associada a limitações físicas, dores no corpo e cansaço excessivo. A chance de uma pessoa com obesidade desenvolver depressão é até 4x superior se comparado a uma pessoa com peso normal. Medidas de qualidade de vida são afetadas positivamente pela cirurgia bariátrica, incluindo mobilidade, auto-estima, trabalho, interações sociais e função sexual. A depressão e a ansiedade reduzem significativamente após a cirurgia bariátrica. Pacientes com obesidade que foram submetidos a cirurgia não apenas vivem mais, mas também muito melhor.
Resolução de Comorbidades
A cirurgia bariátrica está associada a uma perda de peso expressiva e a melhora ou resolução de uma série de doenças associadas a obesidade como: diabetes mellitus, pressão alta, colesterol alto, gordura no fígado, dores nas articulações, osteoartrites e apnéia do sono.
Diabetes Mellitus
A obesidade é o maior fator de risco independente para Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2). Estima-se que mais de 90% dos casos de DM2 estão associados a obesidade. A cirurgia bariátrica é capaz de melhorar o controle do Diabetes em até 87% dos casos.
Os estudos mostram que quanto maior a duração da diabetes em anos, menor a chance de remissão após a cirurgia bariátrica. Isso significa que quanto mais cedo for realizada a cirurgia bariátrica, maior a chance de remissão do diabetes para pacientes obesos.
Pressão Alta (Hipertensão) e Colesterol Alto (Hipercolesterolemia)
Estima-se que 78% do risco para desenvolver hipertensão em homens e 65% em mulheres está associado ao excesso de peso. Após a cirurgia bariátrica, 83,7% dos pacientes reduziram suas medicação hipertensão. Desses, 51% apresentaram remissão da hipertensão e não precisaram mais de medicação.
Alterações no colesterol são muito frequentes nos pacientes candidatos a cirurgia bariátrica. Até 50% dos pacientes que são submetidos a cirurgia possuem colesterol alto.
A cirurgia é capaz de normalizar o colesterol, interrompendo a necessidade de medicações, em aproximadamente 40% das pessoas que são operadas. Com isso, já foi demonstrado que a cirurgia bariátrica é capaz de reduzir em mais de 50% o risco de ataques cardíacos.
Dores articulares e Osteoartrite
O risco de osteoartite de joelho é de 1% para pessoas com índice de massa corpórea (IMC) menor que 20, no entanto é de 13.6% para aqueles com IMC maior que 36. Para cada 5 kg ganhos, há um aumento de 36% no risco de desenvolver osteoartrite.
Estudos demonstraram melhora significativa das dores nas articulações do joelho após a cirurgia bariátrica. Essa melhora já é percebida após poucos meses da cirurgia.
Apnéia do Sono
A apnéia obstrutiva do sono tem relação estreita com a obesidade. Apnéia do sono moderada a grave está presente em 11% dos homens com peso adequado, 21% daqueles com sobrepeso (IMC entre 25 e 29.0) e 63% daqueles com obesidade (IMC > 30).
Uma metanálise de 69 estudos com 13900 pacientes com obesidade encontrou frequência de resolução da apneia obstrutiva do sono após a cirurgia bariátrica entre 77% – 86%, dependendo da técnica cirúrgica realizada.
Câncer associado a obesidade
A obesidade está associada a um risco aumentado de desenvolver diferentes tipos de câncer, como: câncer de útero (endométrio), mamas, ovário, esôfago, fígado, pâncreas, vesícula biliar, cólon e reto, tireóide e rins.
Em um estudo envolvendo 88625 pacientes, notou-se uma redução na chance de desenvolver câncer de 33% nos pacientes submetidos a cirurgia bariátrica, em comparação com indivíduos com características semelhantes que não foram operados.